Ministério Público Federal propõe a suspensão da construção de Angra 3 e Presidente da CNEN, diz que não.
Quando o Ministério Público Federal recomendou a suspensão das obras da Usina Angra 3, impõe as autoridades responsáveis, maior amadurecimento quanto a vários fatores. Não são somente probabilísticas de segurança e acidentes severos, que deveriam recair sobre esta suspensão. Condições adversas como rodovias precárias, a construção de um hospital com referencial em medicina nuclear e principalmente um plano de evacuação eficiente, incluindo também uma classe de moradores que hoje nem são notadas nas atividades de treinamentos, que são os ilhéus. Em nenhum momento se foi cogitado uma melhoria nos transportes marítimos de nossa região para que haja eficácia no que se diz evacuar pelo menos 15000 mil moradores das ilhas do continente angrense.
Severas seja realmente esta suspensão, para que tenhamos uma real “contra partida” para uma vida segura, "pois sabemos da necessidade da energia nuclear para nosso pais", mas, mais importante do que a necessidade, é a responsabilidade de podermos dormir e acorda tranqüilos juntos aos nossos parentes e amigos, sabendo que além da segurança do empreendimento, temos ainda o respaldo de um plano eficiente.
Afinal, se temos plano de evacuação, é porque existem riscos, ou o plano é brincadeirinha para poder gastar o dinheiro público?
Além do que temos vários problemas oriundos das unidades nucleares de nosso município, a implantação do monitoramento de doenças cancerígenas em Angra e adjacências não apresenta nenhum relatório nem estática quanto aos casos ocorridos aqui, além disto, existe um problema maior ainda, que é quanto ao deposito de rejeitos (lixo) radioativo, gerado por estas usinas.
A população e autoridades devem ser rígidas quanto à cobrança destes itens, pois poucos lembram o que ocorreu com o Césio 137 em Goiânia, era lixo de um ferro velho.
Venhamos e convenhamos, a realidade é que crescemos, mas não nos planejamos para o futuro.
